Não está muito clara a maneira como este popular santo francês tornou-se objeto de muita veneração do povo de Cesário Lange. É provável que tenha sido por influência de emigrantes italianos, que devem ter vindo do norte da Itália, especificamente, da região do Vêneto e que se fixaram à nordeste do município de Cesário Lange por volta de 1915. São Roque, nascido no sul da França, no ano de 1295, filho do governador de Montpellier, tendo perdido seus pais aos vinte anos de idade, dividiu seus bens entre os pobres e foi a pé em peregrinação até Roma. Em Piacenza, no norte da Itália, deparou com uma terrível peste. Pôs-se, então, a cuidar dos pestilentos e por fim, ele mesmo contraiu a peste. De volta a Montpellier, confundido com um espião, foi lançado numa prisão, onde suportou as mais graves provações com enorme paciência e caridade, aonde veio a falecer em 16 de agosto de 1327, depois de cinco anos de confinamento com 32 anos de idade. Em 1414, durante o Concílio de Constança, a cidade foi atin-gida pela peste. Os padres do Concílio pediram ao santo que intercedesse junto a Deus e, de imediato, a peste desapa-receu. Em 1485, seus restos mortais foram roubados e levados até Veneza, onde foram sepultados. Daí se explica, a devoção dos italianos do norte ao santo, principal-mente da região do Vêneto. Seu nome em francês é Roch (a igreja de St.-Roch em Paris, construída pelo rei Luís XIV nas Tuileries, é uma preciosidade artística e arquitetônica da capital fran-cesa), seu nome em italiano é Rocco, em português e espa-nhol é Roque. Sua festa litúrgica é no dia 16 de agosto. Na Europa, ele é o protetor contra a peste e patrono dos inválidos. Aqui entre nós, ele se tornou o patrono dos rebanhos, mais especifica-mente dos bovinos, devido à prática da pecuária, muito comum em Cesário Lange.